Letra: Leduvino Ramos
Música: Adilson Arruda/Ulisses da Silva
Ressurge um canto na pampa
Nos dias de aguaceiro
Que enfrentavam os tropeiros
Quando nesta terra cruzavam
O leão baio na caça de um cordeiro
Grita a gralha azul, lá no galho do pinheiro
A "sariema" cantando no lombo de uma coxilha
Os guarás uivam em matilha
E o bugio ronca nas grotas
E o quero-quero, em notas, fazendo o estribilho
São coisas da minha querência
Do meu chão sul-brasileiro
Este cantar galponeiro
Se finde no horizonte
Com sabor da água da fonte
Entre o pago e o céu azul
Guia o Cruzeiro do Sul
Meu verso vai num reponte
Canto à cultura de um povo
Que escreveu sua história
Traçando uma trajetória
Na busca da sua essência
Sem derrota e obediência
Cultuando a tradição
Na estância do coração
Vem honrando a descendência
Na montaria e no laço
De todo homem campeiro
Tem costume dos tropeiros
Com progresso na retina
Serra abaixo, serra acima
Do litoral à fronteira
Sem divisa, nem porteira
A nossa pátria sulina