INFORMAÇÕES DA MÚSICA

Capataz de Estância

José Claudio Machado

CD Acervo Gaúcho (1998)

Numa desta derrepente boleio a anca pra traz
Rumo ao pago das missões que mas gaúcho me faz
Para ficar nem que seja de peão ou cataz
Sentindo o cheiro do pasto que o vento minuano me traz

Meus patricios neste canto talves alguem não entenda
Mas conheci no rio grande muito peão e muita prenda
Quem tropilhou na legenda da bolhadeira e do laço
Esta é a homenagem que faço ao capataz de fazenda

O meu taita é capataz proque pra ele é uma gloria
Tronco de cerne da estória sem infeites nem arranjos
O velho pedro dos anjos das barrancas do uruguai
Que tastaveia e não cai porque nasceu a cavalo
E o gaúcho de quem falo é o xirú velho meu pai

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PAGO

Lugar em que se nasce, de origem

GAÚCHO

Palavra de origem guarany, pois nessa língua não existe vocábulos com o som da letra “L”.

PEÃO

Operário de estabelecimento rural ou associado de entidade tradicionalista.

MINUANO

Vento predominante frio e seco, que sopra do quadrante SW (Alegrete, Uruguaiana, Quaraí, Barra do Quaraí) - donde habitavam os nativos (índios) denominados Minuanos (por essa razão), que se tornaram hábeis campeiros (laçadores e boleadores).

CAPATAZ

Segunda autoridade de um estabelecimento rural (Estância, Fazenda ou Grânja), de uma Tropa ou de uma Charqueada.

TAITA

Vivente valentão, destemido e guapo.

XIRÚ

Vivente amigo e companheiro; é um vocábulo síntese da palavra CHE (amigo) e da palavra IRÚ (companheiro).